sexta-feira, 11 de junho de 2010

Corpo de Irmã Dulce permanece intacto após 18 anos

"O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós. " Irmã Dulce

Ao ser exumado, em Salvador, no dia 27 de maio, o corpo de Irmã Dulce surpreendeu os membros da comissão da Igreja Católica que acompanhavam o processo. Mesmo após 18 anos da morte da religiosa, o seu corpo estava mumificado e as suas roupas, preservadas. A exumação do corpo da bahiana é a última etapa para a proclamação da freira como beata pelo papa Bento XVI.

São chamados de incorruptos, os corpos de santos e beatos, que por definição possuiriam a propriedade miraculosa de não se decompor após a morte, sem que tenham sido usados métodos de embalsamento sobre eles.

O Arcebispo de Salvador, Dom Geraldo Majela nomeou o frei Ruy Lopes como delegado para acompanhar o caso. O frei adotou uma postura ponderada para tratar do fenômeno, explicando que, a principio, foi algo natural.

Em Salvador os fiéis participaram de uma vigília às relíquias de Irmã Dulce, antes da beatificação. O corpo da religiosa seguiu em procissão da Capela de Santo Antônio, onde estava enterrada, até a Igreja da Imaculada Conceição. A visitação ao corpo começou na terça- feira, 8 de junho.

No Vaticano

A Congregação das Causas dos Santos anunciou no ano passado por unanimidade, o voto favorável para que Irmã Dulce se tornasse venerável.

Diz um trecho do voto: “A sua vida foi uma confissão do primado de Deus e da grandeza do homem filho de Deus, até mesmo onde a imagem divina parece obscurecida, degradada e humilhada”.

A expectativa da Igreja é de que o anuncio da beatificação da Irmã seja feita ainda esse ano.

História de Irmã Dulce

Batizada como Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, Irmã Dulce notabilizou-se por suas obras religiosas e de assistência aos pobres e necessitados. Desde os treze anos de idade, começou a ajudar mendigos e enfermos.

Em 1932, depois de se formar, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito de freira. No dia 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à Bahia. Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade.

Irmã Dulce começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Devido ao trabalho com idosos, doentes, pobres e crianças carentes, recebeu a visita de Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil.

Entre os estabelecimentos que Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, com capacidade para atender 700 pacientes e 200 casos ambulatoriais e o Centro Educacional Santo Antônio, instalado em Simões Filho, que abriga mais de 300 crianças de 3 a 17 anos.

Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios. Em 20 de outubro de 1991, a religiosa recebeu em seu leito a visita do Papa João Paulo II. Irmã Dulce morreu aos 77 anos, no dia 13 de março de 1992. Seu corpo foi sepultado na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antonio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

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